Massy Atlantis Grand Ouest

Entre as cidades mais dinâmicas do Grand Paris, com sua estação de trem, a cidade de Massy é uma das três grandes portas da futura metrópole. Todos os dias milhões de usuários chegam e partem desse ponto essencial na rede de conexões rodoviárias e ferroviárias em torno da cidade de Paris, a nível regional e até mesmo nacional. Nos arredores da estação e da Praça do Grand Ouest converge toda a vida central dessa grande cidade.

Elizabeth de Portzamparc estabeleceu para esse novo centro urbano, através dos três lotes nos quais trabalhou, uma hierarquia de espaços: a praça das Trois Gares, numa escala metropolitana, seguida pela praça do Grand Ouest, na escala da cidade, e finalmente a praça do Cèdre, mais íntima, na escala do bairro. Interconectados uns aos outros, esses espaços são pontuados por edifícios-sinais marcantes, atraentes e facilmente visíveis de todos os ângulos, como a Ellipse, situada na entrada norte, cujas formas “dançantes” convidam a penetrar e descobrir o bairro. Esses espaços e dispositivos arquiteturais favorecem os encontros e se tornam suportes e catalisadores de vida social.

A combinação de programas proposta pelos arquitetos que trabalharam nesse novo bairro – residências, comércios, serviços, centro de convenções, hotel e cinema – oferece a possibilidade de uma diversidade arquitetural e de uma mistura de atividades e dinâmicas, indispensáveis à vida urbana. Essa diversidade é equilibrada pela harmonia e as seqüências de cores e de materiais, que permitem manter uma grande coerência e garantem a identidade do bairro. O ritmo dos edifícios e o desalinhamento dos volumes, associados ao rigor formal e ao desejo de aliviar a impressão de “massa”, caractérísticas constantes na arquitetura de Elizabeth de Portzamparc, dão a cada um de seus edifícios um caráter único e em total harmonia com o todo, numa diversidade de assinaturas que enriquece a vizinhança.